Além disso, após este incidente, os jornalistas começaram a perceber que, tal como qualquer outra fonte de informação, as descobertas científicas devem ser analisadas de forma crítica.


Até porque, desde o início da pandemia, os jornais científicos começaram a utilizar estratégias sensacionalistas, de forma a garantir uma maior retenção de leitores e, consequentemente, uma melhor sustentabilidade financeira.


Por isso mesmo, considerou a autora, é essencial que os “media” repensem o tratamento de dados científicos, começando por assumir a sua própria ignorância quanto a certas áreas de conhecimento.


Como tal, antes de divulgarem um determinado estudo, os jornalistas devem confirmar se os dados foram validados por outros cientistas, uma vez que este processo ajuda a garantir a veracidade da informação.


Por outro lado, continuou Renstrom, os investigadores devem, igualmente, assumir uma posição de maior responsabilidade, evitando publicar estudos incompletos, e melhorando as estratégias de comunicação.


Isto pode passar, por exemplo, pelo contacto directo com o público, de forma a tornar o processo científico mais transparente, e a esclarecer as dúvidas dos cidadãos.