Cobertura jornalística de atentados terroristas deve respeitar a privacidade das vítimas
As associações de “media” deveriam repensar a forma como reportam os atentados terroristas, a fim de respeitarem a privacidade daqueles que ficaram feridos, bem como das famílias das vítimas mortais.
Esta é a principal conclusão de um relatório publicado pela associação Survivors Against Terror, que entrevistou 116 cidadãos afectados por ataques terroristas.
Neste âmbito, a maioria dos inquiridos considerou que os “media” não deveriam entrar em contacto com pessoas que foram gravemente feridas, nem publicar imagens dos atacantes, durante um período de, pelo menos, dois dias.
Da mesma forma, os inquiridos consideram que os jornais não deveriam publicar as fotografias das vítimas sem a autorização das respectivas famílias.
O relatório especifica, ainda, que os “media” deveriam abster-se de partilhar vídeos gravados pelos autores dos atentados.
Os sindicatos de jornalistas criticaram, entretanto, algumas destas exigências, por considerarem que condicionam a liberdade de imprensa e de expressão.
A título de exemplo, a National Union of Journalists (NUJ), especificou que “alguns dos pedidos” eram “irrealistas”.
“Estamos desapontados com o facto de o grupo de sobreviventes não ter contactado a NUJ, para receber aconselhamento durante o processo”, disse aquele Sindicato em comunicado.
Novembro 21
"É importante que estes eventos recebam a devida atenção mediática. E, para que isso aconteça de forma responsável, os jornalistas têm de cumprir o código de conduta da NUJ”.
Por isso mesmo, a NUJ disse estar disponível para colaborar com a Survivors Against Terror.
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