Cobertura jornalística das eleições nos EUA gera controvérsia
A cobertura mediática das eleições norte-americanas tem causado controvérsia um pouco por todo o mundo.
A título de exemplo, quase metade dos leitores do “site” noticioso “Press Gazette” consideraram o desempenho dos jornalistas foi “muito mau”.
A opinião negativa é partilhada pelo editor do “Columbia Journalism Review”, Kyle Pope, que criticou a “análise excessiva de sondagens” em detrimento de “reportagens no terreno”.
“Os jornalistas passaram demasiado tempo a comunicar entre si no Twitter”, acrescentou.
O professor de comunicação, W. Joseph Campbell, sustenta esta opinião, ao afirmar que, “a principal narrativa destas eleições baseou-se nas sondagens, que previram acontecimentos que não se verificaram”.
Por outro lado, a fundadora do Tow Center for Journalism, Emily Bell, considerou que a maioria das críticas tecidas aos “media” são “injustas”, já que os jornalistas fizeram um bom trabalho na contextualização dos dados. “Nenhum dos repórteres disse para os cidadãos confiarem nas previsões”, disse.
Novembro 20
“Se lermos, cuidadosamente, os artigos sobre política, concluímos que muitos jornalistas alertaram para uma possível vitória de Donald Trump”.
Além disso, Bell elogiou organizações como o “New York Times”, “Washington Post” e “ProPublica” pelas suas grandes reportagens de índole política.
Já o director da organização News Media Alliance, David Chavern, apontou que muitos dos problemas mediáticos, relativos às eleições, emergiram nas redes sociais.
“Estamos todos sujeitos ao risco crescente de acreditar em rumores”, afirmou, considerando, por isso, que os jornalistas fizeram um “bom trabalho” em desmistificar muitas das “fake news” em circulação.
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