Cobertura das alterações climáticas entre jornalismo e activismo

Quando há um tratamento intensivo e coordenado de um assunto relacionado com as alterações do clima, isso é muitas vezes entendido como prova de que a redacção é tendenciosa e activista.
A menos que disponibilizem tempo ou espaço igual, a oradores com pontos de vista contrários, mesmo que estes se encontrem distantes da sede da publicação, correm o perigo de serem rotulados como activistas em propaganda e não como jornalistas a realizar um trabalho jornalístico.
O problema coloca-se porque poucas redacções têm os recursos e as equipas suficientes para procurar o contraditório, fora da área geográfica onde actuam e tem a sua sede.
A solução poderá ser a cooperação entre diferentes órgãos de informação e instituições.
Geisler, sugere que se estabeleçam projectos de cooperação alargada, para se conseguir uma cobertura mais profunda e ampla sobre as mudanças climáticas.
O investigador académico defende que, se examine primeiro os projectos à luz do bom jornalismo e depois do marketing.
Um outro obstáculo é o de os líderes de mercado entenderem a eventual cooperação, como mais benéfica para parceiros com menos preponderância ou de dimensão menor.
Na chefia das redacções digitais poderá existir um outro problema para os que são convidados a liderar. Vão ter que supervisionar pessoas que podem ter sido seus amigos nas redes sociais, que estão mais embrenhados no conhecimento digital do que na experiência jornalística.
Vão lidar com todos os problemas normais que aceleram ou impedem a mudança tais como a educação, emoção, motivação, comunicação e colaboração.
Embora não tenham sido ensinados a gerir essas coisas nas escolas de jornalismo, são exactamente essas as áreas para as quais os gestores e os líderes em ascensão precisam de ajuda para conseguirem lidar com a cobertura das mudanças climáticas.
(Mais informação em Columbia Journalism Review)