China restringe redes sociais e persegue jornalistas
O governo chinês está a condicionar, ainda mais, a liberdade de expressão “online”, ao bloquear o acesso a redes sociais. Além disso, os “posts” dos jornalistas chineses nas plataformas digitais vão passar a ser avaliados pelas autoridades reguladoras, que irão determinar se as publicações são, ou não, politicamente aceitáveis.
Desta forma, os cidadãos chineses -- que, no início da pandemia, recorreram às redes sociais para se informarem sobre a covid-19 -- deixarão de ter acesso a artigos fidedignos, ficando mais expostos à propaganda do governo de Pequim.
De acordo com o “site” da “Deutsche Welle”, as novas restrições impostas pela China determinarão, igualmente, se a licença dos profissionais dos “media” poderá ser renovada, com base no seu comportamento “online”.
A medida foi justificada pela Administração Geral da Imprensa e das Publicações com a necessidade de “implementar a ideologia de Xi Jinping” e de criar uma equipa de “jornalistas que é politicamente forte, realista e inovadora”.
Este novo documento irá afectar a actividade dos jornalistas na imprensa, na rádio, na televisão e, ainda, nas redes sociais, como é o caso da Clubhouse, que foi um espaço de liberdade de debate, durante quase um ano.
Segundo noticiou o jornal “Público”, aquela rede social começou por ser utilizada por celebridades, mas, rapidamente, conquistou o interesse dos cidadãos chineses, tornando-se um fórum para questões políticas, raciais e religiosas.
A título de exemplo, a Clubhouse tinha espaços de discussão sobre a perseguição dos uigures ou a questão de Taiwan.
Fevereiro 21
Com isto, a Clubhouse pode ser considerada como um dos principais motivos para o reforço das restrições de acesso, que começaram, anos antes, com a proibição doFacebook, Instagram ou Google.
A China é um dos países que mais restringe a liberdade de imprensa em todo o mundo, posicionando-se 177º lugar no Índice anual dos Repórteres sem Fronteiras, que avalia um total de 180 países.
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