Cebrián considera a Imprensa escrita numa “fase terminal” …
Este é o território das fake news e das “pós-verdades”, afirmou Cebrián - que aqui citamos da Asociación de la Prensa de Madrid, com que mantemos um acordo de parceria. Há nele “uma grande quantidade de sistemas organizados para gerar uma política de desinformação, chantagem e bloqueio”. Esses sistemas já não respondem a intervenções de carácter ideológico, mas a sua motivação é confundir a sociedade. Na actualidade - como disse - “30% a 40% do tráfego difamatório é provocado por robots”, com o fim de criar confusão e destabilizar.
O orador afirmou também que estes factos têm consequências sobre o funcionamento da democracia, e deviam ser objecto de preocupação por parte dos poderes públicos. Até este momento, como disse, “tem havido uma completa afasia dos governos na hora de compreender que não se trata apenas de ajudar a não desaparecer uma indústria concreta, mas sim de ajudar a entender como se forma a opinião pública”, o que considera “básico para a sobrevivência da democracia”.
No período de perguntas e respostas teve papel importante a questão da sucessão de Juan Luis Cebrián como presidente da Prisa. O próprio afirmou que foi sua a iniciativa de procurar um sucessor à frente do grupo, tendo proposto o nome de Manuel Polanco para o seu lugar, a partir do início de 2018.
Foi também referida a possibilidade de tornar El País (detido pela Prisa) numa Fundação, para garantir a sua independência a partir da mesma data.
Mais informação na APM e em Media-tics