Victoria Prego fez estas afirmações no contexto de um mestrado na Faculdade de Humanidades e Ciências da Comunicação da Universidade CEU San Pablo, criticando o “novo modelo empresarial, em que reinam os salários mínimos e o jornalista multi-tarefas, um fenómeno que desemboca na proletarização dos jornalistas”. 

Não é possível que um jornalista seja independente “quando cobra 2,50 euros por crónica”, acrescentou Victoria Prego, afirmando que um jornalismo livre e independente está na base de uma sociedade democrática saudável e que “a democracia está em perigo sempre que esteja em perigo a livre Informação”. 

Victoria Prego fez também referência a determinados efeitos nocivos das redes sociais trazidas com as novas tecnologias, que invadiram o campo da Informação.

Um exemplo é aquilo a que se chamam as fakenews, e a ameaça que constituem para o jornalismo. Admitiu que é “extraordinariamente difícil” para o jornalismo defender-se disso, mantendo que temos de “resistir e seguir o caminho que nos impõe o nosso código deontológico: continuar a informar com seriedade, mantendo o contraditório das notícias, procurando a excelência e assumindo com o nosso nome o que publicamos”. 

Victoria Prego sublinhou, por fim, a importância da unidade entre os profissionais:

“Diante dos ataques ferozes a que estamos sujeitos, unamo-nos, porque só juntos poderemos resistir”  - concluiu. 


A notícia sobre a palestra de Victoria Prego, no site da APM