“Dar aos cidadãos ferramentas técnicas e digitais é crucial para os tornar críticos”, sublinhou Mariya Gabriel. Aludindo às eleições, a responsável reconheceu “os desafios enormes” da desinformação, mas disse esperar que as medidas que a Comissão Europeia está a tomar contribuam “para um amplo e livre debate que preserve os valores europeus”. (...) 

Foi ainda criado, no final do ano passado, um Plano de Acção Conjunto que contém medidas como a instituição de um sistema de alerta rápido para sinalizar campanhas de desinformação em tempo real, aumentando para isso o orçamento do Serviço Europeu de Acção Externa, de cerca de dois milhões para cinco milhões de euros. 

O plano prevê também um instrumento de autorregulação para combater a desinformação online: um código de conduta subscrito por grandes plataformas digitais, como Facebook, Google, Twitter e Mozilla, que se comprometeram a aplicá-lo. 

Na sua avaliação dos relatórios já apresentados pelas empresas tecnológicas referidas, bem como pelas associações comerciais do sector da publicidade, a Comissão conclui ter havido progressos, “especialmente na eliminação de contas falsas e na limitação da visibilidade dos sites que promovem a desinformação”  - mantendo que é preciso fazer mais para garantir a total transparência dos anúncios políticos, no início da campanha, para permitir o acesso aos dados das plataformas com objectivo de investigação, e para garantir uma cooperação adequada entre as plataformas e os Estados membros. 

“Olhando para o futuro e para as eleições europeias, é essencial incrementar os nossos esforços e garantir que as plataformas online não são usadas para disseminar desinformação”  -  vincou Mariya Gabriel, reconhecendo que “o risco de manipulação nunca foi tão alto”. 

 “Muitas medidas já estão em curso e muitas alterações estão a ser feitas na direcção certa, […] mas é preciso que todos os Estados-membros as adoptem”, afirmou. (...)

 

 

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