Boris Johnson evoca passado de jornalista e escrutínio político
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse ter desistido do jornalismo por considerar que, enquanto profissional dos “media”, estava a prejudicar “as pessoas”.
“Fui jornalista durante muito tempo. Ainda sou na verdade, ainda escrevo algumas coisas”, começou por afirmar Johnson numa visita oficial à escola Sedgehill Academy, em Londres. “Mas quando somos jornalistas -- apesar de estarmos a desempenhar um grande trabalho, uma grande profissão -- damos por nós a abusar ou a atacar as pessoas”.
“Não o fazemos por mal, mas por precisarmos de ser críticos. Talvez vocês [os alunos] também se sintam culpados por não se colocarem na posição da pessoa que estão a criticar, e eu decidi experimentar fazê-lo”, acrescentou.
A assessora de imprensa de Johnson, Allegra Stratton, esclareceu, entretanto, que o primeiro-ministro estava a referir-se ao escrutínio que os jornalistas fazem aos governos.
“O que o primeiro-ministro quis dizer é que vocês, enquanto jornalistas, têm a função de desafiar o papel dos políticos, para que o governo melhore”, disse Stratton.Recorde-se que o actual primeiro-ministro colaborou, entre 1984 e 2018, com diversos jornais britânicos, chegando a ser correspondente em Bruxelas e editor do “Spectator”.
Fevereiro 21
Enquanto repórter, Johnson tinha a reputação de escrever histórias exageradas e foi, mesmo, dispensado do seu trabalho, no jornal “Times”, depois de ter fabricado uma citação, que atribuiu ao seu padrinho.
Por outro lado, desde que assumiu o cargo de primeiro-ministro, Johnson tem vindo a expressar o seu desagrado quanto à cobertura noticiosa da BBC, chegando a propor que o modelo de negócio do operador público britânico fosse reformulado.
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