Bing poderá substituir Google como motor de busca na Austrália
Com a Google a ameaçar suspender o seu motor de pesquisa na Austrália, a Microsoft prepara-se para ocupar o seu lugar com o motor de busca Bing.
Aliás, no início de Fevereiro, o presidente executivo da Microsoft, Satya Nadella, e o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, falaram por videoconferência para debater essa possibilidade.
“A Microsoft está bastante confiante”, assegurou Morrison em declarações ao Clube de Imprensa Nacional da Austrália.
Em causa está a ameaça de a Google suspender o motor de busca na Austrália, caso o país avance com legislação para obrigar gigantes tecnológicas a pagar pelo conteúdo noticioso que utilizam.
O objectivo é permitir que os “media” australianos negociem um pagamento justo pelos artigos que aparecem na Internet. Isto inclui, por exemplo, as primeiras frases de uma notícia, que podem ler-se no motor de busca da Google.
Morrison alertou, entretanto, que as ameaças da Google não vão surtir efeito, notando que “um ambiente de comunicação social sustentável” é “vital para o funcionamento das democracias.”
Num comunicado enviado aos “media”, a Microsoft confirmou ter estado em contacto com o governo australiano, mas recusou-se a comentar a controvérsia.
Fevereiro 21
Embora o Bing (da Microsoft) seja o segundo motor de busca mais utilizado na Austrália, conta, apenas com 3,6% da quota de mercado. O Duck Duck Go, outra alternativa à Google que não recolhe nem partilha dados dos utilizadores, não chega a 1%. A Google tem 95%.
Nas últimas semanas, Tim Berners-Lee, o cientista britânico que criou a World Wide Web em 1989, manifestou a sua preocupação com a proposta australiana.
Num comunicado endereçado ao Senado australiano, Berners-Lee notou que a lei pode “quebrar” princípios fundamentais da Internet aberta.
“Preocupa-me que o código corra o risco de violar um princípio fundamental da ‘web’ ao exigir o pagamento pelas ligações entre determinados conteúdos”, escreveu Berners-Lee. “A capacidade de ligação livre — ou seja, sem limitações relativamente ao conteúdo e sem taxas monetárias — é fundamental para o modo de funcionamento da web.”
A proposta de lei australiana encontra-se, actualmente, a ser debatida no Parlamento.
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