“Bellingcat” como “site” de informação independente
Em Março de 2012, Eliot Higgins começou um blog sob o pseudónimo de Brown Moses, no qual publicou a sua pesquisa sobre imagens de vídeo da Guerra Civil na Síria. Higgins analisou centenas de pequenos clipes na Internet, localizou-os e examinou todos os pormenores das armas usadas.
Assim, surge Bellingcat um site de informação independente que se considera “The home of the online investigations”. Actualmente, a organização conta com cerca de cem mil seguidores no Facebook e no Twitter.
Aidan White, jornalista há meio século, declarou que “o monopólio da informação está a mudar” e considera que “nunca viu nada igual nos media profissionais tradicionais, descuido e desinteresse, eles não investem na informação, não gastam na investigação, as redacções minguam a cada dia e o bom jornalismo vai desaparecendo nas páginas e nos monitores. O que se está a salvar é o jornalismo independente, em geral voluntário”.
O artigo foi publicado no Observatório da Imprensa do Brasil, com o qual o CPI mantém um acordo de parceria.
Outubro 19
Em 2014, a Bellingcat também desenvolveu uma grande investigação, realizada principalmente por voluntários sem financiamento, sobre o MH17 da Malaysia Airlines.
A Bellingcat provou, também, que um vídeo falso retirado de um jogo tinha sido publicado como verdadeiro pela agência Reuters numa reportagem sobre a guerra da Síria e que a “guerra da informação” não está a ser analisada como deveria e que é utilizada para desestabilizar as partes contrárias, como a Europa Ocidental.
Entre outras investigações e desconstruções de imagens falsas, a Bellingcat tem procurado contar a verdade, garantindo evidenciar os factos e explicar como chegaram às suas conclusões.
Um dos seus voluntários, Christiaan Triebert, foi chamado para integrar o The New York Times.
Os comentários e tweets de políticos não têm intimidado os Bellingcats, que continuam a sua prática pela informação e da verdade dos factos.
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