BBC adere à política de inclusão e à lógica das quotas

Se este plano for cumprido, como refere o DN, a BBC planeia chegar a 2020 com 21 mil trabalhadores e 21 mil trabalhadoras. Mas há mais: a política de quotas vai aplicar-se também à diversidade racial. A empresa quer ter 15% do staff de origem africana, asiática ou outra minoria étnica. Não parece claro se vai abordar a eventual questão das percentagens relativas destas minorias entre si.
Segue-se depois a decisão de incluir 8% de trabalhadores das minorias de orientação sexual LGBT. E outros 8% atribuídos a pessoas portadoras de deficiência. Também nestes casos, tanto pela quota decidida, como pelas diferenças entre minorias dentro da minoria, como até pela equiparação numérica entre estes dois lotes de 8%, a aplicação de uma medida que, à partida, deseja respeitar os princípios da igualdade e da inclusão, pode involuntariamente entrar em território polémico.
Ainda segundo o DN, Mark Atkinson, presidente de uma organização de caridade para pessoas portadoras de deficiência, aplaudiu a iniciativa: "É muito positivo ver que a BBC está empenhada em apresentar diversidade à frente e atrás das câmaras. Nós trabalhamos com muitos actores e apresentadores com necessidades especiais que são talentosos mas que nunca tiveram oportunidade. (...) As pessoas portadoras de deficiência devem ser fazer parte de leque maior de programas, pois também fazem parte da Grã-Bretanha", concluiu Atkinson.
Além da BBC, também o Channel 4 está a assumir uma estratégia de empregabilidade que promova a diversidade de género, de etnias e de orientação sexual.
Mais informação no documento de estratégia da BBC