No seu texto de avaliação prospectiva do Novo Ano, o autor recorda que “as recentes eleições americanas vieram demonstrar a capacidade do algoritmo do Facebook de adaptar conteúdos, verdadeiros ou falsos, aos likes de quem usa esta rede social. Assim, o utilizador acaba por só ver, ou quase só ver, o que, verdadeiro ou falso, foi detetado como estando a seu gosto, e não vê o que não está a seu gosto”. (...)

 

“Se as pessoas, ou pelo menos, uma parte mais esclarecida do público que servimos, se recusarem a ser "carneiros acríticos" e perceberem a tempo  – e o prazo é curto –  que o que está em causa são os fundamentos do próprio regime democrático, o jornalismo profissional, cumprindo regras deontológicas, sujeito a sanções em caso de incumprimento, terá um importante e decisivo papel a cumprir”  - afirma Francisco Pinto Balsemão.

 

E a concluir:

“A Imprensa é válida e necessária enquanto conseguir mostrar o seu contributo para uma sociedade esclarecida. Não poderá ficar parada a achar que a credibilidade que conquistou ao longo dos anos é eterna. A validação faz-se a cada notícia, a cada reportagem, a cada entrevista.”

 

 

O artigo de Francisco Pinto Balsemão, na íntegra, no Jornal de Negócios