O essencial do método que expuseram contém-se em cinco questões fundamentais:

  1. – Tenho uma audiência ou uma comunidade? O primeiro ponto a definir é se nos dirigimos a uma ou a outra. Uma audiência é um público de massa, uma comunidade é um público concreto. Não é melhor um do que o outro. Mas, se aquilo que temos é uma audiência, é importante ter em conta que, quando se fazem projectos jornalísticos, nem sempre trabalhamos com a sua totalidade.
  2. – Não há uma forma única de medir a relação com o leitor. Há duas e são ambas válidas. A maneira clássica é a que procura o número de views, de visitas, ou de prémios de jornalismo conquistados. A segunda é a relacional, que parte de perguntas como: O meio [considerado] sabe escutar? Comporta-se com honestidade? Está presente quando tem de estar para a comunidade? E como reage quando falha, ou comete um erro?  - segundo Sebastián Auyanet.
  3. -  O envolvimento não é um número. Devemos evitar a identificação ou o compromisso do leitor com o meio (engagement) usando métricas para audiências de massa. Será uma mentira e não vai contribuir para um futuro sólido do projecto. (...)
  4. -  É preciso criar conteúdo relacional. Conseguiremos isso se pensarmos nos leitores como ponto de partida para gerar conteúdo jornalístico. Naimid Cirelli citou como exemplo a iniciativa da Cosecha Roja (da Argentina) de criar um mapa digital da Primeira Greve Internacional de Mulheres em 8 de Março de 2017, que chegou a contar com informação de 200 manifestações em muitas cidades diferentes e foi divulgada fundamentalmente pela comunidade deste meio.
  5. -  É preciso que a comunidade se aproprie dos conteúdos. Entender que estão a trabalhar com outras pessoas, e que é uma vitória que estas se sintam donas dos conteúdos, foi uma aprendizagem dos jornalistas da Cosecha Roja [é dado um exemplo concreto conseguido]. (...)

Mais informação no site da FNPI – Fundación Gabriel García Márquez para el Nuevo Periodismo Iberoamericano