Autoridades cubanas retiram credenciais a jornalistas da Efe
As autoridades cubanas retiraram as credenciais de imprensa a uma equipa de repórteres da agência Efe, o que levantou preocupações quanto a restrições à liberdade de expressão naquele território.
Em declarações à agência AFP, o chefe de redacção da equipa em Havana, Atahualpa Amerise, disse que as autoridades “convocaram com urgência” os cinco jornalistas, designadamente três redactores, um fotojornalista e um repórter de vídeo, pedindo-lhes que devolvessem as suas credenciais.
Esta situação ocorreu em vésperas de uma manifestação social, para exigir a libertação dos prisioneiros políticos.
“Quando lhes perguntamos os motivos, invocaram o regulamento da imprensa estrangeira”, acrescentou Atahualpa Amerise.
O chefe de redacção referiu, ainda, que perguntou às autoridades cubanas se a retirada das credenciais de imprensa seria uma situação temporária ou permanente, ao que lhe disseram que “de momento não iriam responder”.
Perante este cenário, a União Europeia pediu esclarecimentos às autoridades cubanas.
“Vimos a informação. Estamos a investigar e a solicitar esclarecimentos às autoridades cubanas e estamos em contacto com a Efe “, disse Nabila Massrali, porta-voz do alto representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell. “Consideramos que isto poderá constituir uma grave violação da liberdade de expressão”.
Novembro 21
Também a Federação Internacional de Jornalistas (FIP) condenou a retirada por Cuba das credenciais de imprensa da equipa da agência Efe em Havana e considerou que esta medida “é um atentado inaceitável à liberdade de informação”.
“Exigimos que o Governo cubano devolva as credenciais de imprensa e permita que todos os jornalistas trabalhem livremente”, afirmou o secretário-geral da FIP, Anthony Bellanger.
De acordo com a Freedom House, Cuba -- que é considerada um país não livre -- tem um dos sistemas mediáticos mais restritivos do mundo, já que o governo controla todos os “media” oficiais e proíbe empresas de imprensa privadas.
Ademais, os “media” independentes operam de forma clandestina, e são classificados como “propaganda inimiga”.
Cuba encontra-se em 171º lugar no Índice de Liberdade de Imprensa dos Repórteres sem Fronteiras, entre 180 países.
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