Allsop recorda, ainda que, na mesma semana, na Geórgia, um “cameraman” foi encontrado morto em casa, após ter sido agredido por radicais, no âmbito da cobertura mediática de uma manifestação contra os direitos LGBT. A Geórgia encontra-se em 60º lugar na avaliação dos RSF, à frente de países como o Japão e Israel.


Ademais, nos últimos anos, os países europeus assistiram a uma vaga de homicídios de jornalistas: da maltesa Daphne Caruana Galizia em 2017, do eslovaco Ján Kuciak em 2018, além do jornalista grego Giorgos Karaivaz, que foi assassinado no início deste ano.


Todos estes profissionais, à semelhança de  Peter R. de Vries, estavam envolvidos em investigações sobre casos de corrupção e crime organizado.


Aliás, segundo recordou Allsop, os ataques e restrições à liberdade de imprensa verificam-se no seio de alguns governos e são impulsionados pelos seus líderes políticos, como é o caso de Viktor Orbán, da Hungria, Vladimir Putin, da Rússia, e Alexander Lukashenko da Bielorrússia.


Por outro lado, algumas figuras de topo dos Países Baixos consideraram o atentado contra Peter R. de Vries como "chocante e incompreensível", classificando o jornalista como um “ herói nacional”.


Infelizmente, ressalvou Allsop, as boas intenções destes políticos não foram suficientes para salvar a vida do jornalista.


Leia o artigo original em Columbia Journalism Review