Associações sem fins lucrativos apoiam jornalismo nos EUA
As organizações noticiosas sem fins lucrativos estão a realizar um trabalho essencial nos Estados Unidos, agora que a população já não pode contar com redacções locais para investigações relevantes, apontou Mark Jacob num artigo publicado no “site” da Northwestern University’s Medill Local News Initiative.
Como tal, Jacob destacou as investigações que têm vindo a ser desenvolvidas, nos últimos anos, pelas iniciativas Midwest Center for Investigative Reporting e Wisconsin Watch. Estas associações, que contam com a participação de estudantes de jornalismo e profissionais dos “media”, têm vindo a trabalhar para informar os cidadãos e ajudá-los a tomar decisões inteligentes e informadas.
Jacob destaca, neste sentido, uma reportagem da Midwest Center for Investigative Reporting sobre os trabalhadores da indústria agroalimentar, cujos rendimentos foram afectados em contexto de pandemia.
“Esta é uma história que poderia ter passado despercebida, se não houvesse um centro de investigação jornalística, que responsabiliza as pessoas nas áreas rurais e agrícolas do nosso país”, disse um dos colaboradores do projecto.
De acordo com Pam Dempsey, editora-executiva do projecto, este tipo de acção não seria possível sem o apoio financeiro de outras fundações. “Diria que cerca de 85% dos nossos fundos têm origem em organizações de jornalismo tradicionais, que querem apoiar o nosso projecto”.
Julho 21
Com isto, o Midwest Center for Investigative Reporting tem chamado cada vez mais jovens para o mundo do jornalismo de investigação.
“Os estudantes estão sempre a dizer: ‘é isto que eu quero fazer. Quero ser um jornalista de investigação”, afirmou a consultora de “media” Sheila Solomon. “Sabemos que precisamos disso, agora que as grandes redacções estão a colapsar”.
O mesmo acontece no Wisconsin Watch que, no último ano, investigou a acção policial abusiva contra minorias étnicas.
“É esse o nosso papel -- informar as pessoas sobre factos que não estavam contextualizados ou que são difíceis de entender”, disse Dee Hall, um dos fundadores do projecto. “Fazemos isto para que os cidadãos possam tomar melhores decisões, quer no âmbito político, quer no âmbito pessoal”,
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