Associação de imprensa pede libertação de jornalistas chineses…
A organização One Free Press Coalition publicou, recentemente, a sua lista mensal dos 10 casos prioritários relacionados com a liberdade de imprensa, dando destaque ao “terrível exemplo chinês”, em vésperas das Olimpíadas de Inverno em Pequim.
Assim, na primeira lista de 2022, a One Free Press Coalition destacou o caso de Jimmy Lai, empresário pró-democracia de Hong Kong, responsável pelo lançamento de diversos títulos independentes, e que se encontra a cumprir uma pena de prisão.
O segundo nome é o de Zhang Zhan, uma jornalista independente condenada a quatro anos de prisão, por publicar vídeos críticos da resposta do governo à pandemia do novo coronavírus. Iniciou uma greve de fome e encontra-se em estado crítico.
Segue-se o escritor, “blogger” e economista uigur, Ilham Tohti, que está preso desde 2014, e que foi condenado a prisão perpétua, por acusações de separatismo. Fundou o “site” de notícias “Uighurbiz”, focado em questões sociais e nos direitos dos uigures.
Em quarto lugar, surge Huang Qi, que dirigia a plataforma “ 64 Tianwang”, focada em direitos humanos, e que está a cumprir uma pena de 12 anos de prisão.
O nome seguinte é o do comentador Wan Yiu-sing, que cobria assuntos relacionados com política na China continental e em Hong Kong, para a estação independente D100, e que foi detido em Fevereiro. Está, agora, a ser julgado sob acusações de sedição e lavagem de dinheiro.
Em sexto lugar surge a jornalista independente Sophia Huang Xueqin, desaparecida a 19 de Setembro, um dia antes de embarcar num voo para o Reino Unido, onde planeava estudar.
A lista da One Free Press prossegue com Haze Fan, repórter e produtora de notícias de economia para a “Bloomberg News”, que está detida por alegadamente ameaçar a segurança nacional, apesar de não terem sido feitas quaisquer acusações.
Em oitavo lugar surge Zhou Weilin, repórter da plataforma “Weiquanwang”, onde publicou artigos sobre questões laborais e sobre os direitos de pessoas portadoras de deficiência. Está a cumprir uma sentença de três anos e meio.
Já a jornalista uigure Gulmire Imin, que é o nono nome mencionado, está a cumprir uma pena de 19 anos e oito meses, por acusações de separatismo, divulgação de segredos de Estado e organizar manifestações ilegais.
A lista encerra com Gulchehra Hoja que, depois de começar a colaborar com a Radio Free Asia, nos EUA, foi proibida de regressar à China. Em Maio de 2019 serviu de testemunha na Câmara dos Representantes dos EUA, numa audição focada nos perigos de publicar notícias sobre os direitos humanos.
Janeiro 22
No documento, a One Free Press Coalition acusa, ainda, a China de continuar a “aprisionar e a deter jornalistas sem consequências, bem como a espiar e a agredir fisicamente profissionais, de forma a incentivar a auto-censura”.
Recorde-se que, em 2020, a China – considerada com um dos países que mais ameaça a liberdade de imprensa no mundo – impôs uma Lei de Segurança Nacional a Hong Kong, alegadamente para punir “actividades subversivas, secessão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras” com penas que podem ir até à prisão perpétua.
Desde então, Hong Kong agravou a sua perseguição aos empresários e colaboradores de jornais independentes.
Neste momento, tanto Xi Jinping – Presidente da República Popular da China –, como Carrie Lam – chefe do Executivo de Hong Kong – , integram a lista de predadores da liberdade de imprensa, que é publicada, anualmente, pelos Repórteres sem Fronteiras.
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