Assassinado jornalista de investigação grego e deteriora-se liberdade de imprensa…
O jornalista grego Giorgos Karaivaz, especializado em investigação criminal, foi assassinado junto à sua residência no bairro de Alimos, no sul de Atenas.
As autoridades policiais informaram que o crime foi cometido por "duas pessoas", que circulavam num motociclo, e que dispararam, várias vezes, contra Karaivaz.
Um dos investigadores do caso afirmou, entretanto, que tudo aponta para um "acto premeditado" e que os atacantes actuaram de "forma profissional".As autoridades revelaram, por outro lado, que o jornalista não havia recebido quaisquer ameaças, ou solicitado protecção.
Karaivaz era colaborador da emissora Star TV, além de editar um "site" especializado em investigação criminal.
O caso já foi condenado por diversas figuras políticas internacionais.
“Este assassinato é um lembrete trágico de que o jornalismo é uma profissão perigosa na Europa”, afirmou Dunja Mijatovic, do Conselho da Europa. “Apelo às autoridades que investiguem este crime e que responsabilizem os seus autores”.
Da mesma forma, a vice-presidente de Valores e Transparência da União Europeia, Vera Jourova, expressou a sua preocupação perante este ataque.
Este não é o primeiro caso de homicídio, registado na Grécia, contra jornalistas.
Em 2010, o jornalista Sokratis Giolias foi, igualmente, morto a tiro, junto à sua residência.
Além disso, no ano passado, o proprietário de um jornal foi vítima de uma tentativa de homicídio.
Abril 21
De acordo com os relatórios dos Repórteres sem Fronteiras, a liberdade de imprensa tem vindo a deteriorar-se na Grécia, onde se regista uma crescente vaga censória.
Além disso, em contexto de pandemia, os jornalistas precisam de obter autorizações especiais, para poderem reportar sobre a crise de saúde nos hospitais.
A Grécia encontra-se em 65º lugar no Índice de Liberdade de Imprensa dos RSF.
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