As implicações da Inteligência Artificial no futuro do jornalismo
A Inteligência Artificial (IA) está não só cada vez mais sofisticada, como mais presente à nossa volta. Tal como argumenta o especialista Kevin Kelly, “o plano de negócios das próximas 10 mil empresas de sucesso, em qualquer sector, é adicionar Inteligência Artificial à mesma”.Assim sendo, o que logicamente se segue é a questão da adaptação dos diferentes campos de estudo e empresas. É nisto que Miguel Ormaetxea, jornalista para a Media-Tics, se foca num dos seus mais recentes artigos, reflectindo acerca da adaptação dos media a este acontecimento.
Apesar de já existirem instituições e empresas que utilizam a IA para melhorar ou aumentar resultados, audiências e assinaturas (sendo que algumas até usam a IA para criação de artigos automatizados para tarefas jornalísticas não criativas), existe também uma inércia contra a inovação.
O Reuters Institute alerta que os repórteres não só não foram os primeiros a adoptar novas tecnologias, como também se contentam com aquilo em que estão mais familiarizados, não havendo um interesse concreto em procurar novas ferramentas.
Miguel Ormaetxea admite que, na sua longa carreira de 44 anos nos media, foi possível observar este fenómeno. No entanto, argumentou que, para manter a sua profissão como jornalista, foi e é necessário adaptar-se às mudanças tecnológicas.
Novembro 22
O jornalista admite, igualmente, que uma das causas do cenário desastroso da informação e da sua destruição na era digital decorre do sucesso histórico da imprensa como negócio. Por outras palavras, durante muitos anos, a imprensa teve uma grande influência no futuro dos países e obteve retornos na ordem dos 40% anuais. Segundo Ormaetxea, isto levou ao cenário que hoje observamos, em que milhares de jornalistas se encontram desempregados ou com salários insuficientes e com informação contaminada a ser partilhada digitalmente. Ao refletir sobre o futuro dos meios de comunicação e a IA, o autor admitiu que este será bem diferente do presente, uma vez que o ramo de Inteligência Artificial ainda está por explorar e as possibilidades são inúmeras. Por fim, Ormaetxea alerta ainda os jornalistas para prepararem-se quanto antes, pois esta transformação, como todas as outras na era digital, será rápida.
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