As dúvidas e as certezas do jornalismo na era digital
O jornalismo é, actualmente, uma actividade difícil de definir, já que depende da colaboração de muitas outras áreas do saber, recordou Carlos Castilho num artigo publicado no “Observatório da Imprensa”, associação com a qual o CPI mantém um acordo de parceria.
Isto porque, de acordo com Castilho, a era digital e das notícias “online”, veio unir vários profissionais, com o objectivo comum de produzir algo inovador, relevante, pertinente, exacto e confiável, elementos que, até agora, eram vistos como exclusivo dos jornalistas.
Segundo recordou o autor, quando a materialização de uma notícia acontecia apenas no papel e nas ondas eletromagnéticas da rádio e televisão, a função de um jornalista era fácil de identificar.
Contudo, a migração dos “media” para a esfera digital incorporou, no trabalho jornalístico, profissionais como, “designers” gráficos, técnicos de som e de imagens, bem como especialistas em interactividade, em processamento de dados, redes sociais e em realidade social.
Para complicar, ainda mais, o quadro, surgiram os “robots” jornalísticos, programados para seleccionar, agrupar e distribuir notícias de forma automática.
Setembro 20
Por outro lado, a urgência por informação imediata, fez com que os repórteres passassem a ser mais dependentes de ajuda exterior, de forma a conseguirem cumprir os prazos definidos.
Segundo indicou o autor, apesar de a diversificação na produção de notícias “online” ainda ser um processo relativamente novo, já se dispõe de indícios suficientes para apostar que este é, de facto, o futuro do jornalismo.
Tratando-se de um processo em desenvolvimento, a nova identidade jornalística será construída de baixo para cima, ao contrário do que ocorreu na imprensa analógica, dos últimos dois séculos.
Tudo isto vai exigir o desenvolvimento de novas ferramentas, regras e definições, num processo onde a nova identidade do jornalismo é o resultado final e não um ponto de partida.
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