O requerimento, subscrito por Jorge Sampaio, António Ramalho Eanes, Fernando Rosas, Irene Pimentel, José Pacheco Pereira, Adelino Gomes e Mário Mesquita, entre outros, reclamava a “urgente classificação” do arquivo do jornal de português fundado em 1864.


Para a directora do “Diário de Notícias”, Rosália Amorim, "esta decisão do governo preserva um legado importantíssimo para a História, para a democracia portuguesa e para o jornalismo, de que o DN sempre foi escola". 


Já o presidente do Conselho de Administração da Global Media Group, Marco Galinha, considera que esta classificação "é o justo reconhecimento de uma marca de grande valor e contribui para dignificar os jornalistas que passaram e que fazem esta casa".


De acordo com a Lei de Bases do Património Cultural, bem como o decreto de 2015 que define o regime da classificação e da inventariação dos bens móveis, a classificação como "tesouro nacional" implica deveres e direitos especiais. 


Além do dever geral de "conservar, cuidar e proteger devidamente os bens, de forma a assegurar a sua integridade e a evitar a sua perda, destruição ou deterioração", fica "interdito o desmembramento e a dispersão de partes integrantes dos bens". 

O mesmo regime impõe, igualmente, a "proibição de saída dos bens móveis do território nacional”, uma regra com algumas exceções, mas sempre sujeitas a autorização do Estado.