Argélia restringe cobertura de “media” estrangeiros
O ministro da Comunicação da Argélia, Ammar Belhimer, ameaçou o canal de televisão internacional France 24 com a "retirada permanente" da sua licença de emissão, alegando "enviesamento flagrante" na cobertura dos protestos do movimento pró-democracia Hirak.
“A parcialidade da France 24 na cobertura das manifestações é flagrante, chegando ao ponto de utilizarem filmagens de arquivo (...) para apoiar movimentos anti-nacionais, constituídos por organizações reaccionárias ou separatistas com ramificações internacionais", disse em comunicado.
O ministério da Comunicação considerou, ainda, que “a linha editorial da [France 24] é construída através de ‘slogan’ hostis ao nosso país, à sua segurança, independência e soberania”.
O director da France 24, Marck Saikali, reagiu, entretanto, a estas acusações -- “Tentamos fazer o nosso trabalho da forma mais honesta possível. Estamos apenas a fazer o nosso trabalho como jornalistas, de acordo com as regras em vigor", afirmou.
As ameaças do governo argelino contra a France 24 surgem na sequência de manifestações dos apoiantes do Hirak -- um movimento pacífico, plural e sem líder, que exige o desmantelamento do sistema em vigor.
Há vários anos que os “media” estrangeiros que actuam na Argélia estão sujeitos a um procedimento de acreditação burocrático, pouco transparente e arbitrário.A título de exemplo, o director da Agence France-Presse (AFP) para a Argélia, Philippe Agret, nomeado em Outubro de 2019, ainda não foi acreditado pelas autoridades.
Março 21
Além disso,os jornalistas argelinos continuam a enfrentar um panorama de trabalho hostil.
A Argélia ocupa o 146º lugar (de 180) no índice de liberdade de imprensa mundial de 2020 dos Repórteres sem Fronteiras , 27 lugares abaixo dos resultados registados em 2015.
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