Na votação realizada na CML, esteve em foco a questão da salvaguarda do património do edifício. Em declarações à agência Lusa, o vereador comunista Carlos Moura referiu que “o PCP não poderia ter outra postura que não votar contra”:

“Sempre alertámos para a preocupação de preservar o património e não estamos só a falar do prédio, estamos a falar do conjunto patrimonial: o prédio e o seu recheio”, sobre o qual adiantou que não é claro que esteja todo salvaguardado.

 

O vereador social-democrata António Prôa defendeu que, em vez de ser alterado para habitação, o imóvel deveria, antes, “ter uma função de serviço púbico para ser usufruído pela cidade”. João Gonçalves Pereira, do CDS, lembrou que o pedido de informação prévia é condicionado a “uma série de pareceres”, entre os quais da Direção-Geral do Património Cultural, o que causa “uma série de reservas”, embora admita como “positivo que haja habitação naquela zona, sem ser apenas hotéis e escritórios”.

 

Sobre as reservas mencionadas, o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, referiu que “não fazem sentido nenhum”, uma vez que “não há qualquer questão patrimonial que esteja em causa no processo”, até porque a DGPC “está a acompanhar” o projecto.

 

Entretanto, o Presidente da República esteve presente na inauguração formal das novas instalações da Global Media, nas Torres de Lisboa, onde passam a funcionar o DN, a delegação do JN em Lisboa e a TSF.

Depois de descerrar a placa, Marcelo Rebelo de Sousa deixou um pedido, alargado a todos os jornalistas: "Aquilo que o Presidente da República espera deste grupo é que seja, como é seu dever, imparcial, isento e implacável no escrutínio de todos, a começar no Presidente."


Mais informação no DN online e DinheiroVivo, de onde colhemos a imagem, de Pedro Jerónimo