Apostas de meditação ganham relevo nos “media” e redes sociais
Os anunciantes têm vindo a afastar-se dos “media” tradicionais, deixando páginas de jornais por preencher e “silêncios” nos segmentos publicitários das rádios.
De acordo com um artigo de Rachel del Valle, publicado no “Nieman Lab”, este problema transformou-se, contudo, numa oportunidade para Adria Kloke, directora publicitária da rádio KCRW, que criou o segmento “Moments of Serenity” ( momentos de serenidade, em português).
Confrontada com o “vazio publicitário”, Kloke decidiu “abraçar” o silêncio, e desenvolver um programa de meditação.
O mesmo aconteceu na rádio WNYC, que criou um segmento de meditação guiada, emitido durante o intervalo do programa cultural de fim-de-semana.
A “marketeer” desta estação considerou essencial criar um espaço de relaxamento e bem-estar, para ajudar os ouvintes a descontrair, depois de ouvirem os últimos desenvolvimentos sobre a pandemia nos EUA.
"Tudo o que estávamos a ler dizia: 'Medita, medita', disse a responsável. "E eu pensei que talvez devêssemos tentar obter uma parceria, com uma das aplicações de meditação”.
Agora, a WNYC emite cinco meditações guiadas, de um minuto, por semana.
Julho 20
O “feedback” dos ouvintes tem sido positivo, já que estes cidadãos conseguiram desenvolver rituais, de curta duração, com a ajuda da rádio, um “media” favorável a momentos de maior intimidade com o público.
Contudo, estes segmentos de relaxamento não são exclusivos das “ondas de rádio”.
A título de exemplo, o “New York Times” desenvolveu a secção “At Home” (em casa), na qual se incluem guias de trabalhos manuais e, também, dicas sobre meditação.
Segundo a autora, estes segmentos e secções, orientados para objectivos específicos, enquadram-se, também, na crescente visibilidade da meditação e de aplicações como o Calm e o Headspace.
Recentemente, o Headspace lançou um projecto no Snapchat, disponibilizando meditações de acesso livre.
Segundo a autora, é possível que estas iniciativas sejam integradas noutras redes sociais como o Twitter ou o Facebook, já que “os momentos de Zen são, agora, mais do que notícias satíricas”.
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