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Amnistia decretada na Turquia exclui jornalistas presos
Perante a pandemia de coronavírus, o Governo turco vai conceder amnistia a mais de 90 mil detidos, na tentativa de proteger a saúde pública nas prisões. Nesta medida, contudo, não estão abrangidos jornalistas.
"É inaceitável que a Turquia pretenda libertar cerca de um terço da sua população prisional mas deixe os jornalistas atrás das grades, durante uma pandemia", afirmou Gulnoza Said, porta-voz do CPJ -- Comité para a Protecção dos Jornalistas. “As autoridades turcas devem reformular, rapidamente, a sua lei de amnistia e garantir a libertação dos jornalistas, que se encontram detidos na condição de presos políticos, sob falsas acusações de 'terrorismo'".
Segundo um recenseamento do CPJ, pelo menos 47 jornalistas estão presos pelo seu trabalho em território turco, todos eles detidos por alegadas práticas terroristas. De acordo com as notícias, esses crimes não foram previstos na lei de amnistia.
Abril 20
O CPJ escreveu, recentemente, uma carta aberta aos líderes mundiais instando-os a libertar, com efeito imediato, todos os jornalistas, uma vez que a liberdade se tornou uma questão de vida ou de morte no meio da pandemia do coronavírus.
Os jornalistas encarcerados não têm qualquer controlo sobre o local onde se encontram, não podem optar por se isolar e são, frequentemente, privados dos cuidados médicos.
