Ameaçados jornalistas correspondentes da BBC no Irão
A BBC entregou, junto das Nações Unidas, a terceira queixa em cinco anos, denunciando os atentados contra a prática livre do jornalismo no Irão.
De acordo com operador público, o governo iraniano tem vindo a perseguir correspondentes britânicos, registando-se um “aumento considerável do número de ataques e do nível de risco”.
“Tem havido um escalar das acções e das ameaças, incluindo o congelamento de contas bancárias, assédio ‘online’, e ameaças de morte. Isto tem de parar”, disse Liliane Landor, directora do BBC World Service, citada pela “Press Gazette”.
Perante este cenário, Landor apelou aos representantes das Nações Unidas que continuassem a “condenar o Irão” pelas suas “acções contra os profissionais da imprensa”.
Apesar de ter sido proibido no Irão, o BBC World Service continua a chegar, de forma clandestina, a quase 13 milhões de cidadãos, de acordo com dados daquele operador público.
Assim, de forma a demover os iranianos de consultarem as notícias da BBC, o governo e as forças militares têm vindo a atacar a reputação profissional dos seus colaboradores.
“É um infortúnio que, em 2022, continuemos a registar este tipo de ataques”, disse o representante dos Sindicato de Jornalistas, Paul Siegert, pelos profissionais da BBC.
Fevereiro 22
“Os nossos membros não serão silenciados, e não deixarão de realizar as suas funções. Apelamos, mais uma vez, ao governo iraniano que coloque um ponto final a este comportamento inaceitável”, afirmou.
De acordo com relatórios dos Repórteres sem Fronteiras (RSF), o Irão é um dos países que mais restringe o livre exercício do jornalismo. Em 30 anos, entre 1979 e 2019, pelo menos 860 jornalistas e comunicadores foram detidos, ou acusados, pelo governo iraniano.
O Irão encontra-se em 174º lugar no Índice de Liberdade de Imprensa dos RSF, entre 180 países.
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