Segundo informação do Público, que aqui citamos, a solicitação foi formalizada pela Meo em 10 de Outubro, requerendo “a cópia certificada do processo (...) respeitante à elaboração de parecer relativo” ao negócio referido. 

“Mas uma semana antes da decisão formal já os advogados da PT/Altice tinham requerido o acesso à documentação que serviu de base à tomada de decisão da ERC. Isso mesmo revelou a entidade reguladora no pedido de parecer à CADA – Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos, justificando as suas dúvidas com o envio do dossier à Meo pelo facto de este incluir ‘as observações que a Nos, a Impresa e a Vodafone juntaram enquanto interessadas e que estão classificadas como confidenciais pelas próprias’.” (...) 

 

“Os serviços da ERC procederam, no final do ano 2017, a uma análise detalhada de todos os documentos constantes do processo no sentido de identificarem os elementos confidenciais e os dados pessoais que deveriam ser expurgados”, adiantou ao Público fonte oficial da entidade reguladora. 

A mesma fonte explicou que durante esse período a ERC também contactou a Meo, a Impresa, a Nos e a Vodafone “dando conta do parecer da CADA e dando a oportunidade de estas entidades especificarem a informação que consideravam dever manter-se como confidencial nos seus documentos”. (...)

 

“A ERC tem agora uma ‘proposta de lista de documentos, cujo acesso se considera dever ser disponibilizado aos interessados’. Esta lista vai ser apreciada pelo novo conselho regulador da ERC, que entrou em funções no mês passado, na próxima reunião, agendada para quarta-feira.” (...) 

Entretanto, e segundo o diário francês Le Monde, Patrick Drahi está a proceder a uma separação entre as suas operações nos EUA e na Europa. As da Altice USA, consideradas prósperas, “serão assim protegidas das segundas, que atravessam grandes dificuldades”. 

A “casa-mãe” Altice NV, reduzida às actividades europeias, será rebaptizada Altice Europa. “As duas empresas não terão mais nada em comum... a não ser o seu accionista de controlo, Patrick Drahi, que será presidente das duas entidades.” (...) 

Por sua vez, “a Altice Europa será reorganizada em três entidades: Altice France, Altice International (activa em Portugal, Israel e na República Dominicana) e uma nova filial de televisão paga”. 

“O grupo vai separar-se de activos não estratégicos nomeadamente na República Dominicana e na Suíça, bem como das suas torres de telefonia móvel, para se desendividar. O grupo insiste no facto de que a Altice France e a Altice Europa não têm prazo de reembolso maior antes de 2022 e 2023, respectivamente. O objectivo é limitar o endividamento a quatro anos de EBE.” (...) 


Mais informação no Públicono Expresso e em Le Monde