“Nós somos muitos bons, temos grandes qualidades, mas nem sempre temos um espírito colectivo”  -  afirmou Marcelo Rebelo de Sousa na cerimónia de entrega do prémio, realizada na Cidade do Futebol, em Oeiras. Mas Fernando Santos “pegou num conjunto de gente excepcional, cada um à sua maneira, e transformou-o numa realidade que é uma; pegou no que havia de melhor em Portugal e deu o que tem de melhor em si, que é não ter nascido para ser herói e ter-se feito herói a pulso”, salientou.

 

Falou também Begoña Iñiguez, presidente da AIEP, que recordou a história da Associação e do Prémio Martha de la Cal, evocando o nome do primeiro homenageado com ele, o guitarrista Carlos Paredes, em 1990, e descrevendo todos os que se lhe seguiram. Sobre Fernando Santos, apontou as suas qualidades de “coragem, determinação e trabalho de equipa, para conseguir, quando muito poucos acreditavam, dentro e fora de Portugal, a vitória da Selecção das Quinas no Europeu em França”.

 

A terminar, o homenageado agradeceu, comovido, fazer parte de “um rol tão vasto” de portugueses escolhidos pela AIEP como Personalidades do Ano, confessando-se “honrado e orgulhoso” pelo facto e sublinhando que não foi Fernando Santos, mas Portugal que foi Campeão da Europa. 


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