Aliás, o jornalista Joshua Benton, do “Nieman Lab”, considerou que todos os países participantes na fase inicial do projecto têm em comum “ tentativas de manipular o seu poder de mercado”.


Segundo a autora, esta iniciativa vem, assim, permitir a formação de uma  espécie de oligopólio, numa escala global, para o consumo de notícias, sob o domínio da Google.


Até porque, ao “etiquetar” a qualidade, segundo critérios de modelo de negócio, a empresa está a desconsiderar factores como diversidade de discurso.


Este tipo de acção pode resultar em consequências preocupantes, especialmente porque países como o Brasil possuem uma concentração mediática, que impõe um posicionamento hegemónico sobre linhas editoriais económicas e políticas nos “media”.


A autora conclui, assim, que, apesar de o novo agregador de notícias ter o potencial de oferecer aos utilizadores uma diversidade infindável de fontes de informações confiáveis na palma da mão, os termos divulgados não parecem dar espaço para tal.