Já no Iraque, as autoridades suspenderam a licença da Reuters, após a publicação de uma história que questionava os números oficiais. 


Da mesma forma, a jornalista do “Guardian”, Ruth Michaelson, foi obrigada a abandonar o Egipto, depois de ter referenciado um estudo científico, que sugeria que o país teria muito mais casos de coronavírus do que aqueles que haviam sido oficialmente confirmados.


De acordo com os RSF -- Repórteres sem Fronteiras, foram, também, detidos repórteres na Argélia, na Jordânia e no Zimbabué, que cobriam questões relacionadas com o confinamento. 


Ora, face à pandemia que atravessamos, o trabalho dos jornalistas é ainda mais importante, já que a desinformação prolifera a uma velocidade sem precedentes, pondo em causa a saúde pública.


Assim, algumas organizações internacionais têm-se unido para apelar à protecção dos profissionais, que zelam pela protecção de todos os cidadãos.


Até porque, segundo a Unesco, no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, “hoje, os cidadãos estão fechados à chave, ansiosos por notícias como nunca antes. E, mais do que nunca, as notícias devem ser verificadas. Porque a desinformação propaga-se tão rapidamente como o próprio vírus e os jornalistas estão na linha da frente na luta contra a distorção da verdade". 



Leia o artigo original em “Guardian”