A transparência como regra para melhorar níveis de confiança dos “media”
As noções de neutralidade e de objectividade, que associamos à prática ética do jornalismo, podem estar afectar os níveis de confiança dos “media” e, consequentemente, a prejudicar os consumidores de notícias, considerou a jornalista Clarissa Peixoto num artigo publicado, originalmente, na revista “ObjETHOS”, e reproduzido no “Observatório da Imprensa”, com o qual o CPI mantém um acordo de parceria.
Isto porque, conforme apontou a autora, tal como acontece com qualquer outro cidadão, as opiniões dos jornalistas são influenciadas pelas suas vivências, pelos seus processos de socialização, e pelo local onde cresceram.
Por isso mesmo, é errado assumir que os jornalistas e os “media” conseguirão manter um discurso totalmente objectivo.
Além disso, a fim de informarem, eficazmente, os seus leitores, os profissionais do jornalismo devem assegurar-se de que conseguem fazer uma contextualização de todos os factos, o que exige, por vezes, que estes colaboradores façam uma reflexão sobre injustiças sociais que se verificaram no passado.
Ora, de acordo com Peixoto, este tipo de prática pode ser confundido com activismo, já que, quando se sente impelido a escrever ou a falar sobre uma determinada causa, o jornalista acabará por registar o seu cunho pessoal.
Ainda assim, defende Peixoto, os jornalistas devem falar sobre todo e qualquer assunto de interesse público, embora possam vir a ser criticados pelos seus leitores, por empresas , ou mesmo pelos governos.
Isto porque, apontou a autora, a qualidade do jornalismo depende, em grande parte, da pluralidade de perspectivas e realidades.
Dezembro 21
Ainda assim, para que isso seja possível, sublinhou a articulista, os jornalistas devem “ insistir na transparência jornalística e na honestidade discursiva"
“ É preciso separar o joio do trigo, pensar em que condições desempenhamos o nosso papel e que fronteiras sociais ou interesses económicos e políticos nos impedem de cumprir nossa jornada”, disse.
Através destas estratégias, acredita a autora, os “media” poderão explicar a sua verdadeira missão social, e recuperar a confiança dos cidadãos.
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