A televisão tem passado e futuro democrático
Contudo, os “media” continuaram a sua “viagem” no “caminho digital”, e passou a haver uma oferta cada vez mais diversificada.
Assim, Goulart reitera que a televisão passou a ser considerada, por muitos, entretenimento despretensioso, que não possui nenhuma função pública, o que pode ser perigoso para a saúde das democracias.
Isto porque, de acordo com o autor, a formação da cidadania e liberdade passa pela consciência de que a TV tem uma responsabilidade que deve ser fiscalizada pela sociedade civil e governos”.
Por isso mesmo, Goulart considera essencial que os cidadãos estejam cientes de que “por maiores que sejam as deficiências, hoje temos na televisão um instrumento que pode ser suporte para a democracia e cidadania”.
E, perante este quadro “precisamos ter um olhar apaixonado pela televisão, vislumbrando as suas potencialidades e não apenas defeitos, pois a comunicação é um grande desafio para o século XXI, condição para a coabitação, respeito às identidades e diferenças”.
Em nota final, Goulart recorda que “ não há democracia sem comunicação que, mesmo com sua ambiguidade, mantém o seu valor de emancipação. É pelo respeito ao diferente, à alteridade, à inteligência do outro que se realiza a emancipação, logo, o nosso maior desafio é proteger a dimensão humanista da comunicação, da qual a TV não representa apenas o passado, mas o futuro”.
Leia o artigo original em “Observatório da Imprensa”