“Tudo o que tem a ver com desinformação foi tratado como conteúdo jornalístico e não como um fenómeno em que o jornalista deve ser um actor importante. Qualquer profissional deve ter noções básicas de como a desinformação é produzida e disseminada”, disse aquele especialista.


Esta realidade, considerou Rios, pode ter consequências negativas em contexto político, uma vez que, ao não disporem de conhecimentos básicos sobre “fake news”, os jornalistas não conseguirão explicar determinados fenómenos aos eleitores, contribuindo para um panorama de confusão e dúvidas.


Além disso, ao não conseguirem um esclarecimento claro por parte dos jornalistas, os cidadãos terão uma maior probabilidade de acreditarem nos artigos de desinformação que circulam nas redes sociais, em época de campanhas eleitorais.


Perante este quadro, Rios afirma que o jornalismo revela-se, agora,  mais necessário do que nunca, num contexto político que se assemelha “a um campo de batalha”, onde alguns actores recorrem com sucesso “às novas armas da desinformação”. 


Assim, conclui Rios, é urgente que os profissionais se adaptem, conquistando uma posição activa no combate à desinformação, e no esclarecimento de questões colocadas pelos consumidores de notícias.


Caso contrário, a política continuará a beneficiar da confusão e ignorância sociais.


Leia o artigo original em “Cuadernos de Periodistas”