O artigo que citamos recorda as três propostas que chegaram ao concurso: “da Sociedade Independente de Comunicação (SIC), que tinha como accionistas a TV Globo, o Expresso, Lusomundo, Impala ou a Interpress; da TVI - Televisão Independente, que tinha o apoio da Rádio Renascença, da Universidade Católica, Misericórdias e outras instituições privadas de solidariedade social; e da TV1 - Rede Independente, representada por Proença de Carvalho e Carlos Barbosa”. (…)

 

Luís Marques Mendes, a quem coube a execução do processo depois de atribuídas as licenças, recorda que “um dos dossiers mais importantes foi o acesso aos arquivos da RTP por parte dos privados” para os novos canais poderem arrancar com as emissões.

 

“Tive de ser eu a resolver o conflito num despacho publicado em 1992”  -  afirmou ao Jornal de Negócios. “A RTP reagiu muito mal aos canais privados durante muito tempo. Ao início teve uma atitude arrogante. Mas a questão resolveu-se.” (…)

 

Num depoimento escrito para o mesmo jornal, o fundador da SIC, Francisco Pinto Balsemão, sublinha a natureza “pioneira” do seu aparecimento, afirmando:

 

“A SIC é pioneira desde 1992: não tivemos medo de arriscar e de apostar numa informação livre e independente e num entretenimento diferente do existente. Em 1992, a televisão já era a cores, mas parece que só com a SIC deixou de ser a preto e branco.” (…)


“As expectativas foram por isso cumpridas e ultrapassadas. Em 25 anos, a SIC superou o enorme desafio que é não ficar consignada a um pequeno mercado como o português. Conseguimos conquistar uma dimensão à escala global: somos vistos por 10 milhões de pessoas nos cinco continentes, por cabo, satélite ou internet. Deixamos de ser um canal para ser um universo.”

 

 

Mais informação no Jornal de Negócios, com a história do processo e o depoimento de Francisco Pinto Balsemão