Começando pelo fim, “a TV é a indústria que já teve mais certidões de óbito e nunca morreu; a televisão continua a ser relevante e a grande plataforma de audiências em larga escala", como afirmou André Andrade, presidente da CAEM (Comissão de Análise e Estudos de Meios). E falando do futuro, como disse  Bruno Santos, director-geral de programação da TVI, este tem sido "um processo de mudança muito rápido e violentíssimo", e “ninguém sabe o que é o futuro". 

Citando Gonçalo Reis, presidente do Conselho de Administração da RTP, a chave da sobrevivência num mercado tão competitivo passa por "abraçar as mudanças":

"Os meios de comunicação social devem (...)  perceber as mudanças, abraçá-las, perceber as tendências, aquilo que o consumidor quer, e trabalhar de forma civilizada; não devem ser agressivos face aos factores de mudança". Uma delas, como disse também, é trazida pelo avanço do digital, que "obriga a RTP a largar uma cultura majestática e a trabalhar em rede;" (...) “é uma mais-valia e está a enriquecer-nos." 

Segundo o estudo "As Novas Dinâmicas do Consumo Audiovisual em Portugal", feito pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) a partir de 1.005 entrevistas, 67,2% das pessoas ainda consomem televisão em directo, contra 33,8% que o fazem em diferido. 

Outros números revelam que, “em seis anos, o cabo fez com que os canais abertos perdessem 25 pontos de quota de mercado, com a RTP a ser a mais prejudicada; há 3,6 milhões de assinantes de TV paga em Portugal, o que perfaz quase 80% das casas portuguesas”. 

Outra constatação (reconhecida mas também debatida no encontro) foi a de que os grandes preferidos do público, na televisão em Portugal, continuam a ser o futebol e, em segundo lugar, as telenovelas. 

“O encontro, promovido pela produtora Dreamia (que alia a portuguesa Nos à norte-americana AMC Networks em vários canais como Panda ou Hollywood), reuniu responsáveis dos generalistas (RTP, SIC e TVI), dos operadores de televisão por subscrição (Nos, Meo, Nowo e Vodafone) e da medição de audiências (CAEM), na Universidade Católica de Lisboa.”

 

Mais informação no Público e no DN – Media, de onde colhemos a imagem, e o estudo da ERC