A reinvenção do jornalismo brasileiro perante a pandemia
A pandemia veio introduzir novo vocabulário e novos hábitos de consumo no quotidiano dos cidadãos um pouco por todo o mundo, recordou a jornalista Vanessa Pedro num artigo publicado, originalmente, no “site” “objETHOS” e reproduzido no “Observatório da Imprensa”, associação com a qual o CPI mantém um acordo de parceria.
Segundo indicou a autora, a partir de Março de 2020, a maioria dos indivíduos ficou confinada, passou a discutir variantes de vírus, a prever o aparecimento de uma vacina e a utilizar ferramentas de comunicação à distância, como o ZOOM, enquanto ouvia um novo programa em formato de “podcast”.
E -- tal como sublinhou a jornalista -- com esta nova realidade, verificou-se , igualmente, uma confiança restabelecida no papel dos “media”.
Isto porque, perante a crise sanitária, os cidadãos voltaram a recorrer aos jornais para se manterem informados sobre a evolução da pandemia, novos casos de contágio e opiniões de especialistas.
E, mais do que isso, o jornalismo voltou a lembrar-se de que precisava contar histórias.
No caso brasileiro -- especificou a autora -- os jornalistas passaram a “desviar-se” da narrativa governamental, alertando para a verdadeira realidade nacional, nos hospitais, cemitérios e em casa dos cidadãos.
Ademais, (apesar do distanciamento recomendado) , os “media” começaram a aproximar-se dos seus consumidores, pedindo o contributo para determinadas reportagens, através do envio de vídeos caseiros, ou de testemunhos áudio.
Março 21
Com tudo isto, Vanessa Pedro espera que o jornalismo brasileiro continue a evoluir, a alinhar o seu discurso com as descobertas científicas, e a dar prioridade aos factos, em detrimento de notícias sensacionalistas.
Além disso, a jornalista deseja que os “media” nacionais consigam ultrapassar alguns dos seus principais problemas, recuperando a posição agora ocupada pelas redes sociais e desmistificando narrativas falsas e prejudiciais para a saúde pública.
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