O actual panorama representa, contudo, uma oportunidade de crescimento para as agências de notícias, como refere o relatório. Num “ecossistema” marcado pela desinformação e pela crise financeira dos “media” tradicionais, o valor das notícias de qualidade e de confiança aumenta, e as agências assumem uma posição-chave na mutação do mercado mediático de cada país, prestando um serviço público à sociedade e à democracia.

Assim, com o progressivo aumento da utilização das redes sociais para consumo de notícias, as agências podem vir a ter a responsabilidade acrescida de garantir a fiabilidade dos discursos que emergem na Internet, filtrando os de cariz noticioso para os meios tradicionais. 

É, porém, necessário assegurar a sustentabilidade económica e a independência editorial. Para o efeito, as agências apostam, agora, na diversificação de serviços e produtos, atraindo clientes fora do sector. Segundo os dados do Obercom é, porém, necessário, repensar o modelo de gestão das agências, que estão orientadas para o negócio B2B (“Business to Business”), num mercado dos “media” que é entendido como B2C (“Business to Consumer”). 

Neste mercado, o principal factor de venda está relacionado com a audiência, mas as agências não vendem directamente aos utilizadores finais das notícias. Assim, a proposta de valor das agências deve, mais do que nunca, passar pela qualidade. 

Torna-se, então, necessário que as agências procurem uma diversificação dos mercados em que operam, apostando, em particular, naqueles que lhes são linguística e culturalmente próximos.

Consulte o relatório na íntegra em Obercom