Em 2018, Facebook, Google e Amazon absorveram quase 70% das receitas da publicidade digital, tomando efectivamente o lugar dos media.

 

Algumas organizações jornalísticas tornaram-se lucrativas, conseguindo fazer com que os seus leitores paguem pelo jornalismo.

 

Guardian e a HuffPost, criaram sistemas de doações com as quais pedem ao público que apoie o jornalismo, mas mantêm a informação diária gratuita, sem paywalls.

 

Outros meios de comunicação dependem de fundações ou clientes ricos.

 

Estas medidas não são, contudo, suficientes para tornar o jornalismo de alta qualidade sustentável. Desde 2008, pelo menos 28 mil jornalistas perderam os seus empregos. 

 

Muitas organizações noticiosas têm fechado e a divulgação de notícias estrangeiras diminuiu. 

 

Este colapso do ecossistema de informação também teve consequências nos sistemas políticos, abalando a confiança básica nas instituições. 

 

“Deixou-nos com um mundo em que todos são livres de escolher os seus próprios factos. Ameaça desestabilizar fundamentalmente a ordem mundial existente”, explicou Lydia Polgreen, reforçando que “um mundo sem factos é tão perigoso para as empresas como para os cidadãos”.

 

“Não estou a sugerir que ninguém deve abandonar imediatamente as plataformas de publicidade do Facebook ou do Google. Mas eu proponho uma experiência: e se o director de marketing de cada grande corporação reservasse uma parte substancial do seu orçamento de marketing e o dedicasse a notícias de alta qualidade?”.

 

Para a autora do artigo, alterar o investimento da publicidade é a maneira mais poderosa de mudar as práticas das empresas que mais contribuem para a crise do ecossistema da informação. 

 

Mais informação The Guardian.