Os resultados das assinaturas são mais difíceis de prever. Com um enorme pico de tráfego,  pelo menos as marcas de confiança estão a conseguir  atrair novos assinantes, mas, os jornais digitais têm assumido um compromisso de serviço público, tornando gratuito o acesso a notícias sobre o coronavírus.


Outras fontes de receita, como os eventos e as conferências, foram “destruídas”, e teme-se que estas iniciativas demorem a “recuperar o fôlego”. 


Assim, a curto prazo, é provável que se verifique uma enorme quebra nas receitas de publicidade, nas receitas de assinatura, e em muitos outros fluxos de receitas.  No Reino Unido, por exemplo, este impacto poderia significar uma perda de dez por cento de empregos no sector mediático. 


Uma recessão prolongada ou depressão significará anos de escassez para os “media”, especialmente na imprensa. Segundo Nielsen, é tentador pensar que o negócio mediático recuperará a normalidade, mas o mais provável é que o coronavírus acelere e exacerbe a “digitalização” dos “media”, prejudicando os jornais “tradicionais”.


E sim, recorda Nielsen, os cidadãos,  estão , neste momento, a afluir a “sites” de notícias e a noticiários televisivos, e a informação credível recuperou o seu estatuto.  Mas, infelizmente, não há garantias de que, depois da pandemia, o público continue a depositar confiança nos “media”.


Leia o artigo original em Reuters Institute