A morte de Freitas Cruz foi uma perda para o jornalismo de referência

A sua longa carreira de jornalista começou no Jornal de Notícias, onde entrou em Novembro de 1955, tendo chegado a director do jornal em 1981 e a administrador da empresa no mesmo ano.
Em 1985 foi requisitado para a Administração da RTP, regressando ao JN dois anos depois. Em 1991 chegou a presidente do Conselho de Administração, cargo que exerceu até 1993, quando saiu de novo para a televisão pública, onde desempenhou funções idênticas, tornando-se, a partir de Fevereiro desse ano, o 26º Presidente da RTP.
Freitas Cruz era um dos mais insignes e prestigiados jornalistas nortenhos. Conviveu com várias gerações de jornalistas, que lhe tributavam uma merecida admiração. A ele se deveu a recuperação do Jornal de Notícias, que, pela sua mão, se tornou um dos mais influentes matutinos do País.
Para muitos profissionais, ele era considerado uma verdadeira referência, quer pelas suas invulgares qualidades de liderança, quer ainda pelo apuro e elegância da sua escrita. Cronista por excelência, Freitas Cruz assinou ainda, durante algum tempo, já reformado, uma coluna no JN, de análise política, caracterizada pelo desassombro e acutilância.
Freitas Cruz, além de ser considerado, a Norte, no seu Porto de sempre, como um príncipe da escrita, era ainda reconhecido pelas suas invulgares qualidades de carácter e de independência, e pelo seu apego ao rigor jornalístico.
Freitas Cruz era membro do Clube Português de Imprensa.
Foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
Mais informação no Jornal de Notícias, de onde colhemos a imagem utilizada