Capra reiterou, contudo, que o sensacionalismo vende e que por isso é fácil cair na tentação de transformar noticiários em espetáculos.  Da mesma forma, a competição entre os "media" alarga os limites do moralmente e eticamente aceitável. Quem se esmera no “show”, consegue audiências maiores. Por exemplo, a reacção da mãe fez do Cidade Alerta o programa mais visto daquele dia. Além disso, o espetáculo ganhou, ainda, mais repercussão na “web”. 

A jornalista considera, então, que é urgente a criação de um órgão regulador dos “media” brasileiros, à semelhança do que acontece em Portugal, ou no Reino Unido. A medida não teria o intuito de restringir a liberdade de expressão, mas de promover democratização da informação. 

Enquanto isso não acontecer, caberá aos cidadãos, e profissionais de imprensa, discutir situação, na tentativa de evitar “novos casos grotescos”. A autora frisa, ainda, que, embora o jornalismo não esteja de luto, deve assumir uma posição de luta e estar aberto à mudança. 

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