O caso é tão sério que a jornalista de investigação Cathryn Jakobson Ramin publicou um livro em que documenta como a maior parte das terapias que se aconselham para curar as dores de costas não são eficazes. A autora explica que estes tratamentos custam, nos Estados Unidos, cerca de 100 mil milhões de dólares por ano, “mais do que se gasta, no mesmo período, com o cancro, as doenças coronárias e a SIDA, tudo junto”. 

“Depois de seis anos a investigar estas queixas, Cathryn Jakobson chegou à conclusão de que muitos dos tratamentos que custam tanto dinheiro são uma fraude e estão cheios de erros. A jornalista sublinha que os próprios doentes são propensos a cairem no engano.” (...) 

“Passamos oito horas no trabalho, mais um par de horas no sofá, em casa, e muitas mais deitados na cama, portanto não é de estranhar que as costas se queixem. Fazer exercício e estiramentos de modo regular pode ser a melhor opção, segundo Jakobson, que também sofre destas dores crónicas.” (...) 

O próprio Miguel Ormaetxea descreve como as coisas se passam na Net: “Basta que se faça uma consulta na Internet sobre uma doença para nos cair em cima um dilúvio de ofertas, na maior parte tendenciosas ou enganosas.” (...) 

É claro que nem todos serão desta natureza. O autor esclarece que os grandes motores de busca, e neste caso o Google, têm o seu próprio sistema de filtragem, mas “está a tornar-se imprescindível e urgente uma limpeza maciça do eco-sistema da publicidade”. Como disse o perito em marketing Scott Galloway, “a publicidade está a tornar-se um imposto que pagam os pobres e os analfabetos tecnológicos”. (...) 

A Amnistia Internacional, por seu lado, faz um esforço para desmascarar a invasão da falsidade. “O seu laboratório verifica vídeos e imagens de abusos denunciados dos Direitos Humanos. Utiliza o Google Earth para examinar as paisagens de fundo e para provar se determinado vídeo ou imagem foram de facto obtidos quando e onde se afirma.” (...)

 

 

Mais informação em Media-tics e no artigo de John Naughton