Isto porque a cobertura das sondagens eleitorais pode basear-se em três modelos narrativos. A saber: “Smith lidera Jones 52% a 48%, com uma margem de erro de ±2%" ;"Smith tem 84% de probabilidades de vitória";  "Smith é o favorito de 5 para 1".


Ora, todas estas frases têm significados semelhantes, mas podem ser interpretadas de maneiras, extremamente, distintas.


A primeira enfatiza a proximidade dos dois números e sublinha que o nível de precisão na estimativa é deflaccionado por potenciais erros no processo. 


Por outro lado, ao apresentar uma hipótese de 84% de vitória, os eleitores podem ter a sensação de que a “corrida” está garantida.


Contudo, utilizar a linguagem das probabilidades das apostas desportivas , encoraja os leitores a contextualizarem a eleição como algo volátil.


Assim, o autor considera essencial que os “media” clarifiquem o significado das sondagens, para que não haja “mal entendidos”.


Benton sugere, por exemplo , que os jornalistas utilizem um discurso semelhante ao do “Economist”, enfatizando a probabilidade de mudança de opinião, ou de intenção de voto.


Leia o artigo original em “Nieman Lab”

https://www.niemanlab.org/2020/10/should-news-outlets-stop-making-election-forecasts-based-on-polling-data/