A influência dos jornais locais na vigilância de pandemias
O combate à pandemia da Covid-19 teria sido mais rápido e eficaz, caso as autoridades médicas tivessem contado com o apoio de uma rede de jornalismo local e hiperlocal.
Esta é a conclusão de dois textos publicados, em Outubro, por influentes publicações académicas norte-americanas -- a ‘newsletter’ do Journalism Crisis Project e o “blog” da Brookings Institution de Washington --, e citados por Carlos Castilho, num artigo publicado no “Observatório da Imprensa”, associação com a qual o CPI mantém um acordo de parceria.
Como ressalvou Castilho, ambos os artigos defendem que o fortalecimento do jornalismo local teria permitido a detecção de qualquer novo surto epidémico, com uma antecedência muito maior do que a registada com o Coronavírus.
Esta convicção já havia sido verificada, em 2011, pelo Hospital de Boston, que apontou a necessidade de uma vigilância epidemiológica informal, através do jornalismo local.
Isto porque, na era digital, os fluxos de informação nascem na base social e chegam aos Governos através de publicações comunitárias. Contudo, a crise neste tipo de imprensa, causou um bloqueio no processo, prejudicando os cidadãos.
Outubro 20
De acordo com Castilho, a Covid-19 veio, assim, reforçar a tese de que não há solução global para uma pandemia sem informação local, que fornece dados importantes a médicos e cientistas, permitindo-lhes desenvolver, mais rapidamente, curas para possíveis doenças.
Aliás, em 2002, este tipo de serviço foi essencial para a identificação da pandemia da Síndrome Respiratória Aguda (SARS) na China.
Assim, Castilho considera importante que os profissionais dos “media” percebam a importância de uma cobertura local, e da criação de bases de dados por região.
Desta forma, os jornalistas poderão evitar que uma doença se transforme numa pandemia.
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