A imprensa numa encruzilhada entre as noticias falsas e o “fact checking”
A imprensa vive uma fase parodoxal. Enquanto se implementa o fact checking como forma de triagem das noticias falsas, há quem considere que essas mesmas noticias estão a contribuir para animar as vendas de alguns jornais, designadamente, tablóides, embora a descredibilização seja o efeito boomerang que pode condenar a prazo as edições em papel.
Esta ideia constitui o essencial do texto de Miguel Ángel Ossorio Vega, publicado no site electrónico media-tics, onde este reflecte sobre o facto de o publico estar cada mais consciente das mentiras que circulam na internet, refugiando-se nos jornais sérios e confiáveis.
De facto, a pós-verdade é um desafio não somente para os media como, também, para a sociedade no seu conjunto. Se a mentira triunfar, camuflando-se como verdade, o que poderá acontecer?Os boatos que passaram a circular na net, a par das várias mudanças politicas ocorridas nos Estados Unidos e na Europa, poderão contribuir para “o apocalipse do jornalismo factual”, mesmo que pontualmente beneficiem alguns jornais populares.
Setembro 18
O certo é que os jornais que apostam na qualidade e no rigor da informação, como são os casos do 'New York Times', do 'Washington Post' ou do 'Wall Street Journal', têm vindo a somar novos assinantes, ao mesmo tempo que compensam esta adesão às edições em papel com vantagens nas edições premium digitais.
Observa-se, pois, uma encruzilhada com diferentes tendências em confronto aberto, enquanto a quebra das receitas publicitárias mais compromete a sobrevivência dos jornais. Culpa também do Facebook e da Google, os gigantes do mundo digital, que absorvem uma fatia de 75% do investimento global.
Leia aqui artigo de Miguel Ángel Ossorio Vega, publicado no site media-tics
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