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A imprensa local nos EUA e as lacunas na cobertura da pandemia
Os desertos noticiosos nos Estados Unidos estão a originar uma cobertura jornalística insuficiente sobre o regresso às aulas presenciais, resultando na inquietação de muitos alunos e encarregados de educação, denunciou John Zhu num artigo publicado no “site” no “Nieman Lab”.
Segundo recordou Zhu, a maioria das escolas nos Estados Unidos encontra-se em regime “online” há cerca de 20 meses, preparando-se, agora, para voltar ao formato “normal”.
Este cenário tem, assim, levantado diversas questões por parte de pais e jovens, que procuram obter respostas sobre medidas de protecção contra a covid-19, e sobre as estratégias propostas pelos governos locais para o bom funcionamento do ano lectivo.
Contudo, denunciou o autor, os jornais comunitários têm demonstrado uma atitude passiva quanto a estas questões, cingindo-se a redigir artigos reactivos. Ou seja, estas publicações têm-se limitado a escrever sobre aquilo que as escolas fizeram, e não sobre aquilo que falta fazer para garantir a segurança dos jovens.
Da mesma forma, Zhu afirma que estas publicações não têm conseguido responder a algumas das principais questões colocadas pelos estudantes e encarregados de educação, quanto a medidas de confinamento e ventilação, por exemplo.
“Não sabemos que percentagem do pessoal escolar está vacinado. Não há testes Covid regulares ao pessoal ou aos estudantes, e a direcção da escola e os administradores distritais parecem estar agora mesmo a começar a explorar realmente esse tópico. Os pais estão no escuro em várias frentes”, disse.
Agosto 21
Neste âmbito, acrescenta Zhu, faltam, também, informações fidedignas e dados científicos sobre a utilização de determinados materiais de protecção pessoal, como as máscaras cirúrgicas.
Assim, o autor considera que os poucos jornais locais ainda em funcionamento estão a afastar-se da função jornalística, dedicando-se ao sensacionalismo, em detrimento do interesse dos seus leitores.
