Escreve o articulista e sublinha (respeitando a ortografia original) que “essa de que jornalismo para ser jornalismo tem de estar na oposição merece reflexão e, pelo menos, duas angulações: uma, otimista; outra, pessimista. Com relação à primeira, trata-se mais de encarar o jornalismo como um permanente lugar de questionamento das “proposições de validade” (expressão de Habermas) e, portanto, de situar o jornalista como aquele que tem a antítese, tão logo alguma tese se apresente. Nesse contexto, sua missão nobre seria a de fornecer elementos para que o leitor seja o autor da esperada síntese dialética. Quanto à segunda, melhor avaliar o risco. Se houver uma ditadura no controle do Estado e, portanto, estabelecida como forma de governo, logo se entende como legítima a posição do jornalismo e dos jornalistas como parte da resistência. Mas, e numa democracia, jornalismo haveria de ser oposição porquê? Que seja fiscal dos poderes, todos, isto sim, compreensível como instituição a se cumprir como cão de guarda dos interesses do cidadão”.

O confronto ideológico e as suspeitas de corrupção que ocuparam o terreno, têm posto em causa não apenas Dilma, mas outros importantes actores da vida política brasileira. Faz sentido, por isso, registar diferentes sensibilidades sobre o comportamento mediático e a sua representação no espaço público.

 

Leia aqui, na íntegra, o texto de Luiz Martins da Silva, prosseguindo um debate sobre o acontecimento que tem dominado os media brasileiros e internacionais.