Se, por um lado, isto ajudou os “media” a satisfazer a curiosidade dos leitores, por outro, estes estudos podem ser prejudiciais para os cidadãos, caso não sejam editados de forma cuidadosa.


Ou seja, os jornalistas devem certificar-se de que apresentam as conclusões destes relatórios enquanto meras hipóteses. Caso contrário, os leitores podem ser induzidos em erro, e adoptar práticas nefastas para a sua saúde e para a vida em comunidade.


Por outro lado, alguns especialistas acreditam que isto representa uma oportunidade única para os “media”, já que lhes abre a porta para explicarem os processos da pesquisa científica, destacando que o meio académico tem os seus próprios problemas e defeitos.


Posto isto, a autora ressalva que as redacções devem ter em atenção o estado emocional dos jornalistas científicos, que têm estado sob especial pressão, para apresentarem artigos de qualidade, dia após dia, e que, mesmo assim, não receberam reconhecimento social.


Por outro lado, e perante todos estes desafios, Molina defende que os jornalistas devem continuar a exercer as suas funções, focando-se, agora, em desmistificar o processo de vacinação contra a covid-19.


Além disso, a autora acredita que os profissionais da imprensa devem ajudar os leitores a desenvolver competências de literacia mediática, para que possam entender a complexidade do jornalismo e da pesquisa científica.


Desta forma, Molina considera que o jornalismo científico está a atravessar um período crucial, já que pode, agora, influenciar a forma como evoluem as atitudes em relação à ciência e à tecnologia.