Esta situação verifica-se, especialmente, nos jornais de pequenas dimensões, que tendem a balizar o seu conteúdo de acordo com os apoios estatais e segundo os interesses dos anunciantes, controlados por empresários e comerciantes negacionistas, que descredibilizam a pandemia e atacam as autoridades internacionais de saúde.

Lima reconhece que este é um dilema comum, já que as receitas publicitárias são a principal fonte de rendimento dos jornais. Sem estas, seria praticamente impossível pagar salários e manter as portas abertas.

Ainda assim, Lima considera que este é o momento ideal para os “media” locais definirem as suas prioridades, deixarem de lado a “ganância” e recordarem-se da verdadeira missão do jornalismo. 

Como sublinha a autora, é necessário ter consciência de que, apesar dos ataques à imprensa, muitas pessoas levam a sério o jornalismo local que, por essa e outras razões, deve primar pela verdade e pela qualidade.

Se o jornalismo, especialmente o local,  alinhar com o discurso do governo, nega a pandemia, condena o isolamento social e ataca a ciência.

Leia o artigo original em "Observatório da Imprensa"